Um passo importante para a implantação do Serviço de Verificação de Óbito (SVO) foi dado nesta semana. Desde a manhã desta segunda-feira, 3, os profissionais que atuarão no setor recebem uma capacitação, etapa que precede a abertura do serviço.
Durante o curso, serão ministradas aulas teóricas e práticas de anatomia, técnicas cirúrgicas, treinamento de biossegurança, treinamento de acolhimento, treinamento de ética e bioética e matérias relacionadas às normas internas do SVO.
A capacitação se dará da seguinte forma: durante todo o mês de agosto, os profissionais se dividirão de acordo com suas categorias. Neste primeiro momento do curso, participarão somente os técnicos em necropsia. Posteriormente, serão os auxiliares de serviços gerais, as assistentes sociais e as diretoras de unidade.
O diretor do SVO, Cleber Viana, explica que o serviço contará com cinco médicos patologistas, 10 técnicos de necropsia, 3 auxiliares de serviços gerais, 2 assistentes sociais, 1 digitadora e 1 técnica de laboratório de patologia. “Será um atendimento regionalizado, que abrangerá mais de 80 cidades do RN. Hoje, somente Natal possui esse serviço”, acrescenta.
A secretária municipal de Saúde, Leodise Cruz, lembra que Mossoró será o primeiro município do estado a contar com um SVO custeado pelo Município. “Será um grande salto na saúde pública de toda região e também do estado. O SVO trará informações importantes sobre o perfil epidemiológico da região, enriquecendo as informações sobre causas naturais”, explica.
A importância do SVO para saúde pública
Através do Serviço de Verificação de Óbito, será possível detectar na região manifestações epidemiológicas em grande escala, como dengue e leptospirose. Isso fará com que o Município possa tomar medidas mais efetivas no combate e prevenção e minimizar incidências de doenças e epidemias.
O SVO trabalhará somente com mortes naturais, que atualmente podem ser tratadas como desconhecidas. Além disso, será possível descobrir se algum procedimento no hospital foi administrado de forma errada ao paciente, medida que fortalecerá a confiança hospitalar.
A secretária municipal de Saúde, Leodise Cruz, afirma que por falta de um SVO na região a saúde pública perde a oportunidade de ter um mapa epidemiológico mais forte e consistente, o que pode fazer com que o Município deixe de tomar medidas mais direcionadas ao combate às doenças.
Outro ponto importante é que o serviço também servirá para ministração de aulas do curso de Medicina da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
O serviço é uma parceria da Prefeitura de Mossoró, que custeará a folha de pagamento mensal dos funcionários do SVO, da UERN, que cedeu o espaço, e do governo federal, que fará repasses destinados à manutenção do serviço.
Texto: Saulo Vale/Prefeitura de Mossoró
Foto: Raul Pereira/Prefeitura de Mossoró