Alunos do 2o período do curso de Odontologia do Campus Caicó, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) realizaram pinturas corporais para representar importantes sistemas fisiológicos humanos. O professor Pablo de Castro explica que esta aula prática é uma das formas de incorporar a metodologia ativa dentro da disciplina de fisiologia humana, permite que o aluno se sinta um agente ativo mais responsável e melhor inserido no processo de ensino-aprendizagem.
Segundo ele, a pintura corporal sempre esteve ligada ao homem expressando diversas formas de mostrar sua cultura, seja ela ligada ao comportamento religioso, sexual, de luta, caça ou na própria busca de representar e tentar compreender fenômenos da natureza. Na sociedade contemporânea ocidental, a pintura ou maquiagem conservam os mesmos princípios e são utilizadas no cinema, teatro e fotografia para fins artísticos e nas escolas e universidades para fins educacionais. Seguindo esta perspectiva os alunos do 2o período do curso de Odontologia da UERN – Campus Caicó realizaram pinturas corporais para representar importantes sistemas fisiológicos humanos.
A pintura corpórea é feita pelos alunos nos próprios colegas no laboratório de fisiologia. Inicialmente são identificados os locais corretos no corpo para delineamento das estruturas, em seguida, são realizadas as pinturas e posteriormente os detalhes para torná-las mais reais. O “body paint” mostrou os músculos da mastigação, órgãos e glândulas do sistema digestório e parte do sistema cardiovascular, uma vez que estes conteúdos haviam sido trabalhados anteriormente em sala.
Após o desenho, os alunos identificaram as estruturas, assim como suas funções e relacionaram a prováveis distúrbios clínicos. O professor destaca a importância de compartilhar a responsabilidade do ensino-aprendizagem com os alunos, tornando-os mais participativos dentro deste processo. Ressalta ainda que: “Os alunos são os grandes protagonistas no processo de construção do conhecimento”. E que momentos como estes são importantes pois além de fixar o conteúdo programático, permite que o docente possa identificar melhor outras habilidades e dificuldades que poderiam passar despercebidas, caso fossem utilizadas metodologias mais tradicionais.