“Poucas vagas”, alerta o estudante Alessandro Amaral, do curso de Direito da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN).
Ele comentava, em rede social, a publicação de um minicurso sobre “Abolicionismo Penal”, promovido pelo Centro Acadêmico Rui Barbosa (CARB), da Faculdade de Direito da UERN (FAD/UERN). De fato, foi preciso abrir mais vagas.
As 95 inicialmente oferecidas esgotaram em uma hora. Outras 150 foram acrescidas em seguida e, mais uma vez, rapidamente acabaram. E os inscritos não se limitaram ao RN.
Interessados dos estados do Ceará, Paraíba, Mato Grosso, São Paulo e Rio de Janeiro logo preencheram grande parte da demanda disponível.
“A organização realizada pelo CARB foi simplesmente perfeita”, elogiou o advogado Olavo Hamilton, professor da FAD/UERN e responsável pelo minicurso.
Yuri Lima, estudante do 8º período de Direito, integrante do CARB e um dos organizadores da proposta comemorou: “O alcance para vários estados do País fez com que o debate fosse bastante participativo e plural”.
A qualidade do minicurso também impressionou. Os elogios nas redes eram unânimes.
Esse sucesso não é um caso isolado na UERN, pelo contrário. Sendo uma das primeiras instituições a adotar o funcionamento não presencial, a Universidade logo se adaptou à nova dinâmica.
Diariamente, aulas, eventos, dicas, informativos e até vídeo de entretenimento, como dicas de filmes e séries – sempre ligados ao ensino –, lotam suas redes e plataformas virtuais.
Durante a quarentena, a Pró-Reitoria de Extensão (PROEX/UERN) lançou o projeto “Arte em Casa”, promovendo “lives” com artistas locais duas vezes por semana pelo perfil oficial da Universidade no Instagram.
Bem-sucedida, a proposta acumula quatro mil visualizações e público de fora do País. “As pessoas registram seus estados e países de onde estão assistindo, e já tivemos do Ceará, Paraíba, Bahia, São Paulo e Itália”, conta Hallyson Dantas, da Diretoria de Educação, Cultura e Artes da PROEX/UERN.
Projeto facilita diálogo da Universidade com sociedade potiguar
Qual o papel de uma universidade na comunidade local? O questionamento é central no que se refere ao trabalho desempenhado no ensino superior. Na UERN, a construção de pesquisadores socialmente referenciados é o norte dos trabalhos desenvolvidos.
Por isso, para promover a divulgação científica e a comunicação com a sociedade, a Assessoria de Governança da Informação e Transparência desenvolveu o “UERN Talks”, projeto de viés extensionista que conta com a parceria da Agência de Comunicação (AGECOM/UERN) e a UERN TV.
“A princípio, a ideia era realização de encontros mensais, no Teatro Lauro Monte Filho. Veio a pandemia e nos desafiou em tudo. Decidimos iniciar num formato on-line e tem dado muito certo”, conta Esdras Marchezan, assessor de Governança da Informação e Transparência da UERN.
De acordo com o assessor, esse trabalho técnico está vinculado à reitoria e atua no planejamento de ações com foco no fortalecimento da comunicação entre universidade e sociedade e dos mecanismos de transparência da Universidade.
Semanalmente, a equipe oferece à comunidade potiguar debates sobre temas diversas com pesquisadores da UERN. Para Marchezan, “é muito bom ver que as pessoas estão gostando e criando até mesmo o hábito de, toda sexta-feira, parar para ouvir e interagir com o ‘Uern Talks’”.