Com a ampliação das políticas de ações afirmativas nos últimos anos e a necessidade de consolidar as pautas nos campos da diversidade, atendimento às mulheres e à população negra e indígena, a Uern deverá contar com uma diretoria específica para estas questões. A Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade é um dos novos setores propostos pela reitoria da universidade no processo que trata da reestruturação administrativa da instituição, que está em tramitação no Conselho Diretor.
Trata-se da primeira grande mudança estrutural no organograma da universidade, já que até então, aconteceram mudanças pontuais na estrutura organizacional da Uern. A proposta foi elaborada a partir da análise dos organogramas de toda a universidade com o objetivo de realizar as adequações necessárias ao cumprimento do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI), aprovado em 2016, e à nova realidade da instituição a partir da conquista da autonomia financeira, o que acarretou novas necessidades nos trâmites processuais da Uern, com a reestruturação das pró-reitorias de planejamento, administração e gestão de pessoas, por exemplo, além das necessidades oriundas do crescimento natural da universidade ao longo de seus 54 anos.
Com a autonomia, a Uern está, após anos de severo contingenciamento financeiro, especialmente no que diz respeito à rubrica de investimentos, ampliando suas ações de modernização. Para planejar e gerenciar esse crescimento, a assessoria de infraestrutura e a diretoria de informatização também estão sendo reestruturadas, ampliando sua atuação e passando a ser superintendências de obras e engenharia, e de informática, respectivamente.
Outro ponto atendido com a proposta do novo organograma contempla o Hospital da Mulher, relevante instrumento social, que será inaugurado no ano corrente. Conforme o planejamento, a Uern é a gestora pela dimensão acadêmica no âmbito do hospital. Assim, o organograma prevê a Diretoria de Gestão Acadêmica Hospitalar com a finalidade de gerenciar a participação acadêmica na unidade.
A nova organização contempla ainda as secretarias de departamentos acadêmicos, que passarão a receber função gratificada, a exemplo do que já acontece nas pós-graduações, com coordenadores e secretários.
Na perspectiva de atender as demandas institucionais deste novo cenário a atualização dos organogramas representará um acréscimo de R$ 237 mil/mês, o que representa 1,1% do valor bruto da folha de pagamento da Universidade.
A proposta será apreciada pelo Conselho Diretor da Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FUERN), órgão responsável por analisar e autorizar as medidas administrativas institucionais com impacto financeiro.