A cada ano, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) vem contabilizando um relevante crescimento no registro de patentes e programa de computador. Para se ter uma ideia, somente nos últimos quatro anos, o número de pedidos de patentes cresceu 100%, de 15 pedidos em 2015 para 30 em 2019, e de programa de computador o aumento foi de 193%, passando de 16 pedidos para 72.
Nos últimos 10 anos, a UERN saltou de uma patente em 2009 e um programa de computador em 2013 para 30 pedidos de patentes e 17 programas de computador no ano de 2019, totalizando 47 processos junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI). As patentes registradas são frutos de pesquisas desenvolvidas na região e contam com a participação de docentes/pesquisadores, alunos de graduação e pós-graduação da UERN, além de docentes e discentes de outras Instituições de Ensino Superior (IES) parceiras.
Para o chefe do Departamento de Inovação e Empreendedorismo, Prof. Me. Frank da Silva Felisardo, esse aumento pode ser atribuído a toda articulação, disseminação do conceito e do trabalho focado ao crescimento dos registros de patente feito pelo Departamento de Inovação, assim como, do planejamento e apoio da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPEG) e dos programas de pós-graduação da Universidade.
Outro fato que, segundo ele, contribui para o crescimento é a maturidade de pensamento e consciência empreendedora dos pesquisadores envolvidos nas propriedades intelectuais hoje registradas.
“É extremamente importante para a Universidade, quando a produção intelectual desenvolvida em todos os seus programas é devidamente registrada. Com isso, a UERN (detentora dos direitos) pode demonstrar seu potencial na criação e desenvolvimento de produtos/serviços que tragam resolução de problemas, inovação, empreendedorismo, e ainda mais da possibilidade de exploração comercial e captação de recursos em função da exploração dos direitos adquiridos”, avalia Felisardo.
A PROPEG, por meio do setor de Propriedade Intelectual, oferece todo o apoio e orientações aos pesquisadores que desejam fazer registro de patente, como explica a chefe do setor, Priscilla Felipe de Sousa. “O pesquisador passa as informações necessárias e fazemos todo o procedimento de entrada no INPI e o acompanhamento do processo”, explica.
Titular da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPEG), Rodolfo Lopes Cavalcanti avalia que os números refletem a uma mudança de postura diante dos novos desafios que as universidades vêm passando nos últimos anos, com novas demandas mercadológicas, que impulsionam a produção de conhecimento inovador.
“Esse aumento reflete também todo um trabalho que vem sendo desenvolvido pela UERN nos últimos anos de incentivo à produção do conhecimento inovador e que essas estratégias sejam adotadas de forma transversal, não apenas nos cursos de tecnologia, como era visto antes, mas abrangendo todas as áreas do conhecimento”, finaliza Rodolfo Lopes.