Em reunião realizada nesta quarta-feira, pesquisadoras do Grupo de Estudos e Pesquisas em Políticas Públicas (GEPP), da Faculdade de Serviço Social, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FASSO/UERN), entregaram ao reitor Pedro Fernandes Ribeiro Neto o resultado do survey sobre cotas raciais na Universidade. A ideia é que o estudo possa balizar as discussões sobre a implantação do referido sistema de cotas na Instituição.
Pedro Fernandes recebeu o resultado da pesquisa das estudantes Thaysa Lobo e Gabriela Soares, e declarou que irá conversar com representantes da comunidade acadêmica para posteriormente instituir uma comissão para avaliar a efetivação das cotas raciais na Universidade. A proposta é que essa discussão seja feita nos próximos meses, com vistas a possibilidade de implementar o sistema já para as vagas do semestre 2019.1.
“A UERN foi vanguardista na implementação das cotas sociais. Hoje, 55% das vagas oferecidas pela Universidade são pelo sistema de cotas: social (50%) e para pessoas com deficiência (5%)”, ilustra o reitor. Ele parabenizou a iniciativa das estudantes, que contribuirá para o fortalecimento das discussões em torno do tema. “É muito importante trazer essas discussões sociais para a Universidade. A pesquisa possibilitará a Universidade ter um maior fundamento para o debate sobre a implantação das cotas raciais”, frisa.
A vice-reitora Fátima Raquel complementa: “A UERN precisa levantar essas bandeiras sociais, justamente por ser um local de produção de conhecimento. As pesquisas nas áreas sociais são de extrema importância, uma vez que, para além do debate, possibilitam o questionamento sobre temas relevantes como este”.
Juntamente com o resultado da pesquisa, as estudantes entregaram uma moção de proposição, assinada pelos presentes na sessão aberta Luiza Mahin, realizada na terça-feira, ratificando o pedido para a criação da comissão para viabilizar as cotas. “A pesquisa mostra que 75% dos estudantes são favoráveis à política de cotas raciais”, revela Gabriela Soares. Ela destaca que pensar em cotas raciais para universidades estaduais é contribuir para a autoafirmação dos negros.
Além do reitor e vice-reitora e das referidas estudantes, participaram da reunião a chefe do departamento do curso de Serviço Social, professora Me. Joana D’arc Lacerda; a Profª. Dra. Ivonete Soares, orientadora da pesquisa; e a estudante do curso de Serviço Social Fernanda Lívia.