O reitor Pedro Fernandes cobrou explicações aos integrantes do Governo do Estado sobre declarações dadas em relação à Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) nas últimas semanas.
O reitor pediu explicações sobre a declaração do secretário de administração Cristiano Feitosa (que falou que existia uma “Caixa Preta” na folha da UERN) e ao controlador-geral do Estado Alexandre Azevedo que disse em entrevista que o Tesouro Nacional sugeriu a federalização da UERN. Em sua fala, Pedro Fernandes pediu esclarecimentos. “O Estado está precisando de buscar soluções e não problemas. A UERN tem uma importância imensurável. Os auditores (que analisam a folha de pagamento) foram lá e viram como está. É muito importante que se perceba o valor das pessoas e das instituições”, declarou.
Ele lembrou ainda que a folha de pagamento é detalhada no Portal da Transparência e é enviada todos os meses ao secretário estadual de planejamento Gustavo Nogueira e ao Tribunal de Contas do Estado (TCE). “Fizemos todos os ajustes e ninguém ganha acima do teto ao contário do que foi dito. É preciso se informar”, frisou.
Ambos os auxiliares do Governo do Estado criticaram a mídia e alegaram que foram mal interpretados. O controlador Alexandre Azevedo disse que a federalização sequer foi discutida com o Tesouro Nacional.
A cobrança foi feita hoje, 5 de fevereiro, em reunião envolvendo representantes dos segmentos acadêmicos da UERN e a secretária chefe do gabinete civil Tatiana Mendes Cunha para discutir a situação da UERN que se encontra em greve.
A reunião foi solicitada pela presidente da Associação dos Docentes da UERN (ADUERN), Rivânia Moura, mas contou também com a presença do presidente do Sindicato dos Técnicos Administrativos da UERN (SINTAUERN), Elineudo Melo, coordenador de formação política do Diretório Central dos Estudantes Paulo Sérgio, a deputada estadual Larissa Rosado, a vice-reitora Fátima Raquel Morais, diretor do Campus de Natal Francisco Dantas e do assessor jurídico Humberto Fernandes.
A presidente da Aduern, Rivânia Moura, cobrou um calendário de pagamento. Tatiana Mendes Cunha reforçou que o governo não tem condições de fixar um calendário de pagamento porque o quadro financeiro do Estado segue inalterado, mas deu uma esperança: “Há uma perspectiva de se fazer um calendário melhor que o de dezembro para pagar janeiro”, explicou.
Décimo terceiro
A secretária Tatiana explicou ainda que o Governo do Estado está negociando com instituições bancárias um empréstimo consignado para pagar o décimo terceiro salário de 2017 e que o abono será para cobrir os juros, mas que os valores precisarão ser revistos porque a maioria das propostas do pacote de ajuste fiscal não foram analisadas pela Assembleia Legislativa.