A Reitoria da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) reuniu nesta terça-feira (20) a direção da Associação dos Docentes da UERN (ADUERN) e do Sindicato dos Servidores Técnicos Administrativos da UERN (SINTAUERN), e informou que a minuta da Resolução que regulamenta o auxílio-saúde dos servidores da instituição, de acordo com a Lei Complementar nº 608, de 14 de dezembro de 2017, deverá ser apreciada pelo Conselho Diretor da Universidade na próxima semana.
Segundo o assessor jurídico da UERN, Humberto Fernandes, a lei prevê que o valor referente ao auxílio seja depositado diretamente na conta do servidor, e que somente seja utilizado para pagamento de plano de saúde ou de seguro saúde. “Será um valor pago mensalmente ao servidor para que ele contrate o plano de saúde que julgar mais interessante. Essa verba tem o caráter indenizatório e ao final de cada ano, o servidor terá que prestar contas sobre o valor que recebeu e do gasto especificamente com o plano ou o seguro saúde”.
De acordo com o pró-reitor de recursos humanos e assuntos estudantis, Davi Leite, com a lei, a UERN não poderá mais manter um contrato com qualquer plano de saúde, no entanto, é possível que os servidores, através de suas categorias, se unam para conseguir uma melhor negociação. Atualmente o contrato com a operadora que atende os servidores da UERN conta com a cobertura de aproximadamente 4 mil vidas, entre servidores e dependentes.
A presidente da Aduern, Rivânia Moura, e o presidente do Sintauern, Elineudo Melo, afirmaram que irão se reunir com as operadoras de plano de saúde para fazer as negociações de forma coletiva.
Greve – O reitor da UERN, Pedro Fernandes, aproveitou a reunião, com a presença dos representantes da Aduern e do Sintauern, para conversar sobre a greve, que chega ao centésimo dia. Mais uma vez, o reitor afirmou que é necessário colocar a instituição acima do individual e sugeriu que fossem estudadas alternativas que garantam condições para o retorno das atividades o quanto antes. O reitor afirmou que está sofrendo pressão para judicilializar a greve, mas que reconhece que se trata de um movimento legítimo. “Jamais vou entrar com um pedido de judicialização dessa greve. Respeitamos o movimento grevista, mas trago para a nossa reflexão algumas situações que tem nos deixado em situação muito preocupante”.