O Projeto Cetáceos da Costa Branca, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), realizará a solenidade de inauguração do Recinto de Aclimatação e Programa de Soltura e Monitoramento de Peixes-bois Marinhos no RN. O evento será nesta quarta-feira, 01 de junho, às 10h, no Ecoposto da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Tubarão, entre Diego Lopes e Macau.
A estrutura é constituída por uma passarela de acesso, uma plataforma de observação e um cercado para os animais, todos em madeira tratada e legalmente licenciada. O espaço está localizado em um canal na Comunidade de Diogo Lopes, mediante autorizações, licenças e anuências de todos os órgãos públicos competentes, incluindo o Conselho Gestor da RDSE Ponta do Tubarão.
“A construção do recinto representa um grande avanço para o Projeto Cetáceos da Costa Branca-UERN, pois até agora tínhamos apenas estrutura para manutenção dos animais em cativeiros de reabilitação”, diz o biólogo Flávio Lima, professor da Uern e coordenador-geral do PCCB. Ele explica que para a soltura dos animais em idade e condições adequadas é necessário que eles passem por período de adaptação em ambiente natural.
Com a estrutura, a Uern passa a ter condições de oferecer aos animais todas as etapas de reabilitação para retorno à natureza. A estrutura permitirá oferecer aos peixes-bois em reabilitação o processo de aclimatação para a soltura em ambiente natural e contribuir com a conservação da espécie, que atualmente é uma das espécies de mamíferos aquáticos mais ameaçadas do Brasil.
Desde 1998, o PCCB-UERN atua no resgate de neonatos de peixe-boi, e a partir de 2015 passou a assumir integralmente o atendimento a todos os encalhes de peixes-bois recém-nascidos no Rio Grande do Norte, expandindo o Centro de Reabilitação de Fauna Marinha da instituição, localizado no município de Areia Branca/RN. Neste local os animais são mantidos em recintos e alimentados artificialmente, sob supervisão de especialistas, entre veterinários, biólogos e tratadores de animais.
O PMP-BP é executado por meio de um convênio entre a Petrobras, Uern e Fundação para o Desenvolvimento da Ciência, Tecnologia e Inovação do Estado do Rio Grande do Norte (Funcitern).