O projeto de readequação administrativa da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern), em tramitação no Conselho Diretor, prevê, entre outros pontos, o fortalecimento e a descentralização da Ouvidoria, que passará a ter unidades em todos os campi da Universidade.
A Ouvidoria tem o objetivo de garantir a efetiva comunicação entre o manifestante, seja membro da comunidade acadêmica ou da comunidade externa, e os diversos órgãos da Uern, recepcionando e encaminhando sugestões, reclamações, denúncias, solicitações de providências, pedidos de informação e elogios. Também é responsável pela realização de campanhas educativas, como a de prevenção ao assédio, que será lançada nos próximos dias.
Diante da estrutura multicampi da Uern, a descentralização da Ouvidoria é uma antiga reivindicação dos campi avançados, que somente após a aprovação da autonomia financeira da Universidade e da reestruturação organizacional, poderá ser efetivada.
O projeto ainda prevê condições para a ampliação das ações afirmativas realizadas pela Uern, com a criação da Diretoria de Ações Afirmativas e Diversidade. A Uern é pioneira e referência em pautas nos campos da diversidade, atendimento às mulheres e à população negra e indígena, possuindo políticas específicas que necessitam de maior atenção em sua implantação e execução.
Outra mudança que irá gerar impacto direto na comunidade acadêmica é a ampliação da diretoria de informática e da assessoria de infraestrutura. De acordo com o projeto, essas unidades serão transformadas em superintendências, o que irá proporcionar maior agilidade e eficiência para atender os seis campi da Uern.
O projeto também beneficia as unidades acadêmicas e administrativas com o reconhecimento e valorização dos servidores técnicos que atuam como secretários nos departamentos nos seis campi da universidade.
Além dessas questões, o novo organograma da universidade traz as adequações necessárias para a gestão financeira, orçamentária e administrativa decorrentes da autonomia financeira.
O impacto gerado com o novo organograma representa 1,1% do valor bruto da folha de pagamento da universidade, que se prepara para a realização de um novo concurso público e necessita das adequações para a modernização dos setores e maior eficiência dos recursos humanos.