O Prof. Dr. Francisco Carlos Carvalho de Melo teve trabalho publicado na revista Health Policy and Planning, periódico de responsabilidade da Oxford University Press. O estudo é fruto da Tese de Doutorado pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)
e foi publicado em coautoria com os professores Rodolfo Ferreira Ribeiro da Costa, do Departamento de Economia da UERN, e Jansen Maia Del Corso, da Escola de Negócios da PUC-PR.
A Universidade de Oxford publica trabalhos da mais alta qualidade, com grande fator de impacto, apresentando pesquisas inovadoras que promovam avanços futuros. “O trabalho inovador preenche lacunas na área de estratégia em saúde pública e contribui para avanços na utilização da abordagem sistêmica, com uso de Determinantes Sociais da Saúde (DSS), para explicar as condições de saúde em municípios brasileiros”, afirma Francisco Carlos.
O professor acrescenta que no estudo detectou evidências que mostram que o status socioeconômico é uma causa fundamental das desigualdades em saúde. “As desigualdades em saúde, portanto, não podem ser reduzidas apenas por políticas específicas de saúde, exigindo ação por meio dos DSS. A literatura apresenta vários modelos conceituais para demonstrar os mecanismos pelos quais os DSS afetam os resultados nas condições de saúde das populações, contudo, são pouco adaptados aos contextos locais e às nuances dos DSS e raramente oferecem aos formuladores de políticas orientações claras para o desenvolvimento de suas ações”, frisa.
Francisco Carlos relata que seguiu o paradigma da Teoria Geral dos Sistemas, com estudo investigando a relação entre mortalidade, saneamento, assistência à saúde, infraestrutura de saúde e investimentos em gestão de saúde pública, envolvendo uma série temporal de 30 variáveis de DSS relacionadas a 192 municípios médios brasileiros, utilizando uma técnica de inteligência artificial denominada Redes Bayesianas para elaborar um sistema empírico, lançando luz sobre os DSS nos municípios brasileiros. “O estudo pode contribuir para a efetividade da gestão estratégica das políticas municipais de saúde, implicando melhores resultados em termos de condições de vida da população”, finaliza.