O estudo “Estimativa Populacional e Distribuição de Peixes-boi marinhos Trichechus manatus na Bacia Potiguar‚ Brasil”, apresentado pelo Prof. Flávio Lima da UERN, ganhou o Prêmio “Trabalho de Maior Relevância para a Conservação de Peixes-boi da América Latina”. O prêmio foi conferido por um jurado formado por especialistas internacionais da área durante o I Simpósio sobre el estudio y la conservación de Sirenios en América Latina.
Outros dois trabalhos apresentados no evento também foram agraciados com o prêmio. O Simpósio está ocorrendo durante a 16ª Reunión de Trabajo de Expertos en Mamíferos Acuáticos de América del Sur y 10º Congreso de la Sociedad Latinoamericana de Especialistas en mamíferos Acuáticos (Solamac), na Cidade de Cartagena de las Índias, Colômbia, entre os dias 29 de novembro e dia 5 de dezembro.
O estudo apresentado pelo Prof. Flávio foi resultado de um projeto executado em parceria por pesquisadores do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Aquáticos (CMA-ICMBio), AQUASIS e Projeto Cetáceos da Costa Branca (PCCB-UERN), como condicionante ambiental do IBAMA para as atividades de Exploração e Produção de Petróleo e Gás realizadas pela Petrobras na Bacia Potiguar. Neste estudo preliminar foi possível estimar a população de Peixes-boi marinhos na Bacia Potiguar (RN e CE) por meio de sobrevoos realizados entre 2012 e 2014.
“Os resultados obtidos, mesmo de forma preliminar, são de grande importância para o desenvolvimento de estratégias de conservação para a espécie”, destaca o professor Flávio Lima. O Peixe-boi marinho é uma das espécies de mamíferos aquáticos mais ameaçadas de extinção no Brasil. A região da Costa Branca, divisa entre os estados do Rio Grande do Norte e Ceará, é uma das áreas onde ocorre maior número de encalhes de filhotes vivos desta espécie. A UERN realiza ações de pesquisa, conservação e educação ambiental na área desde 1998, por meio do Projeto Cetáceos da Costa Branca, coordenado pelo Prof. Flávio Lima. . “O prêmio recebido pela equipe é o reconhecimento dos esforços das instituições brasileiras envolvidas e será um grande estímulo para a continuidade dos estudos, dos quais a UERN está intensamente envolvida”, completou o professor Flávio.