No ano de 2015, a Ciência e a Tecnologia ganharam novo impulso com a inserção do Conselho de Inovação na Constituição Federal. Na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), com esse novo ímpeto, a Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROGEP) decidiu criar o Departamento de Inovação e Empreendedorismo (DIE).
Os resultados não demoraram a chegar. É possível perceber isso nos projetos com potencial de patente e registro, relacionados à invenção de uma tecnologia.
Em 2009, havia apenas uma solicitação de registro de propriedade intelectual na Universidade; atualmente, existem 48, entre pedidos de patente e registros de programas de computador. Para os pesquisadores da PROGEP, os últimos 5 anos foram decisivos nesse resultado já que tivemos 33 processos iniciados no Departamento de Inovação e Empreendedorismo.
“Eu entendo como extremamente importante para a Universidade, haja vista que a produção intelectual desenvolvida em todos os seus programas são devidamente registradas e reconhecidas, mostrando o potencial intelectual e empreendedor fomentado em todos os ambientes acadêmicos”, avaliou o professor Frank Felisardo, chefe do DIE.
Para o professor, “pode-se afirmar que a UERN (detentora dos direitos autorais), cresce frente ao cenário inovador e demonstra seu poder de criação e desenvolvimento de produtos, serviços e negócios, trazendo resolução de problemas, inovação, empreendedorismo, e ainda mais da possibilidade de exploração comercial e captação de recursos em função da exploração dos direitos adquiridos”.
O professor Cláudio Vasconcelos, pró-reitor adjunto de Pesquisa e Pós-Graduação, aponta que o papel do DIE tem sido fundamental no sentido de percorrer os campi, os departamentos, as unidades acadêmicas e as inovações até eles incentivando a pesquisa e a inovação.
“É isso que temos feito e o que o grupo aqui na PROGEP envolvido com inovação e empreendedorismo tem aproximado os departamentos acadêmicos, dos grupos de pesquisa, dos programas de pós-graduação para tentar levar a eles esse conhecimento do que é a inovação e, mais do que isso, mostrar como é que a gente enxerga aquilo que fazemos como inovador no dia a dia”, declarou.
Os dados são celebrados porque mostram a força da Universidade mesmo nos momentos de desafios econômicos. Por isso, o professor Carlos Henrique Catunda, do Departamento de Química, afirma: “Mesmo diante de tantas dificuldades, houve um crescimento expressivo”.
Proteção de propriedade intelectual abrange outros projetos
De acordo com o professor Cláudio Vasconcelos, o conceito de inovação hoje cerca tudo que envolve a PROGEP, atribuindo grande importância aos processos de proteção da propriedade intelectual. Os pedidos de registro de patentes são apenas uma dessas facetas.
“A gente tem discutido outros termos no âmbito acadêmico, voltado para o aspecto da inovação. Então, tem-se falado muito da interação entre público-privado e empresas, em transferência de tecnologia, em parques tecnológicos, em incubadoras de empresas, em atração de centros de pesquisa, uso e compartilhamento de laboratórios, de equipamentos, de capital intelectual e assim por diante”, explicou Vasconcelos.
Por sua vez, Frank Felizardo conta que a tarefa tem sido disseminar e consolidar os conceitos e possibilidades de inovação no âmbito universitário, desenvolvendo palestras, seminários, oficinas, desafios e workshops. E vai além: debate-se temas com incentivo às produções intelectuais para que elas se transformem em patentes, registros de programa de computador, negócios, startups, projetos e outros.
Segundo o chefe do Departamento de Inovação e Empreendedorismo, “de outro lado temos a evolução, a solidificação e a maturidade de vários programas de pós-graduação que canalizam seus trabalhos para projetos inovadores e com potencial patente e registro”.