O Núcleo de Estudos sobre a Mulher Simone de Beauvoir (NEM/Uern) promove, neste mês, o “Julho das Pretas: Mulheres negras no poder, construindo o bem viver”, em referência ao Dia da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, memorado em 25 de julho.
A programação tem início, no dia 13, com uma oficina formativa sobre racismo, ministrada pela professora Gabriela Soares. A ação terá espaço no auditório da Faculdade de Serviço Social (Fasso), no Campus Central, às 14h30.
Já no dia 25 de julho, às 9h, nos corredores da Fasso, haverá a exposição “Mulheres negras no poder!! Construindo o bem viver”.
Encerrando a programação, no dia 27 de julho, será realizada a mesa-redonda “Mulheres negras no poder!! Participação política, ocupação dos espaços públicos e construção do bem viver”, no auditório da Fasso.
O Dia da Mulher Negra Latino-Americana começou a ser celebrado em 1992, no 1º encontro de mulheres negras latino-americanas e caribenhas na República Dominicana.
Na ocasião, as mulheres negras propuseram a constituição de uma solidariedade entre as mulheres para enfrentar o racismo estrutural e a misoginia, sendo a data reconhecida pela ONU no mesmo ano.
O dia 25 de julho também é alusivo a Tereza de Benguela, símbolo de luta e resistência da comunidade negra e indígena.
Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Publica (2022), seis em cada dez mulheres vítimas de feminicídio no Brasil em 2021 eram mulheres negras.
Conforme o IBGE, 63% das casas chefiadas por mulheres negras estão abaixo da linha de pobreza. Além disso, aponta o instituto, mulheres negras recebem menos da metade do salário dos homens e mulheres brancas no Brasil, independente de sua escolaridade.
De acordo com a pesquisa Coronavírus-Mães das favelas, das 5,2 milhões de mães moradoras de favelas e comunidades, em sua maioria negras, 72% afirmaram que a alimentação de sua família esta prejudicada pela ausência de renda.