“Além dos recursos previstos no Orçamento para atender as universidades federais, é necessário, considerando a contribuição das universidades estaduais e municipais para o aumento do número de alunos no ensino superior, que possamos destinar uma fatia de recursos para essas instituições”, ressaltou Cleber Verde.
A Frente Parlamentar começa os seus trabalhos com mais de 200 deputados e 30 senadores. De acordo com o Censo do Ensino Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas (INEP) de 2013, as instituições de ensino superior estaduais e municipais representam 64,7% das instituições públicas do Brasil e respondem por 80% das matrículas em cursos de especialização.
A reitora da Universidade Estadual de Santa Cruz (BA), Adélia Pinheiro, argumentou que a Frente Parlamentar pode discutir a criação de um sistema nacional público de ensino superior e também a inclusão, na política nacional de assistência estudantil, dos alunos das universidades estaduais e municipais.
“É importante destacar que essas universidades respondem por 40% das matrículas públicas no Brasil na graduação e por aproximadamente 38% das matrículas em mestrados e doutorados Portanto, são instituições de ensino superior que muito contribuem para a produção de conhecimento e a formação de pessoas”, destacou a reitora.
Prioridade
Já o presidente da Frente, deputado Cleber Verde, afirmou que a primeira tarefa é articular, com a Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ), a votação da Proposta de Emenda à Constituição do deputado Alex Canziani (PTB-PR), que permite às instituições públicas cobrarem mensalidades por atividades de extensão caracterizadas como cursos de treinamento e aperfeiçoamento, além dos cursos de especialização.
Canziani argumenta que esses cursos atingem quase sempre empregados de grandes empresas e a cobrança pode constituir uma importante fonte de receita para a educação superior.
Edição – João Pitella Junior