O combate ao racismo e ao preconceito religioso foram os pontos mais mencionados durante o I Fórum de Terreiros de Religiões de Matriz Africana de Mossoró e a XVI Louvação ao Baobá, nesta quarta-feira (20), na Estação das Artes Elizeu Ventania. Uma muda de baobá foi plantada ao lado do prédio, na Avenida Rio Branco, e a tradicional celebração à árvore de origem africana encerrou a programação em frente ao Teatro Dix-huit Rosado.
Fazendo alusão ao Dia da Consciência Negra, celebrado hoje, os participantes, de diversos terreiros de Mossoró e outras cidades potiguares, parabenizaram a iniciativa de reunir segmento religioso em um momento de troca de ideias, celebração, discussão e de busca de apoios e políticas públicas em defesa dos povos tradicionais e ações contra a intolerância. Também foi lida uma carta pública que será apresentada à sociedade e a autoridades.
A Profª. Drª Eliane Anselmo da Silva, do Departamento de Ciências Sociais e coordenadora do Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (NEAB/UERN), classificou o evento como um marco importante na união das casas.
“Esse Fórum é pra gente pensar, refletir, discutir como se ajudar e se unir no combate às diversas formas de violência”, destacou.
O babalorixá Melque ressaltou a luta que as religiões de matriz africana travam diariamente e parabenizou a iniciativa em prol da união. “Trata-se de um momento ímpar, histórico, de lutas que se concretizam”, definiu.
O evento foi realizado pelo NEAB em parceria com a Rede de Jovens de Matriz Africana e Terreiros do Rio Grande do Norte (REJOMATE/RN) e a Comissão Permanente dos Povos de Terreiros de Mossoró/RN (COPPT).