Com o objetivo de marcar a passagem do Dia do Bibliotecário (12 de março), o Conselho Regional de Biblioteconomia, em parceria com a Escola de Governo e a UERN, realiza, nesta sexta-feira (10), o 1º Encontro de Bibliotecários do RN. O evento acontecerá a partir das 8h30, no Campus da UERN em Natal, localizado na zona Norte da cidade.
De acordo com o representante do Conselho Regional e bibliotecário da UERN, Neto Lopes, o encontro reunirá profissionais que atuam em vários municípios potiguares. “O objetivo é reunir esses profissionais, para debatermos a profissão, perspectivas, avanços e inovações do mercado. Além disso, claro, confraternizar”, explicou.
O tema do encontro será “Colaboração e compartilhamento institucional na Era Digital”, assunto da palestra da advogada e bibliotecária Adriana Carla de Oliveira.
O evento é uma realização da RedeBib-RN, que reúne todas as bibliotecas do Estado.
O Campus da UERN em Natal fica na Av Dr João Medeiros Filho, 3419, no Complexo Cultural da Universidade.
O evento é gratuito e será das 8h30 às 12h. Não é necessária inscrição prévia e serão emitidos certificados de participação para os profissionais da área.
Lei Federal garante abertura do mercado de trabalho até 2020
No Rio Grande do Norte, apenas a UFRN forma bibliotecários, sendo cerca de 70 profissionais graduados por ano. Desde 1998, quando o curso de Biblioteconomia foi criado, 400 bacharéis foram diplomados e cerca de 300 estão em atuação, exercendo a profissão.
Ao contrário do que se pode pensar devido ao avanço das ferramentas digitais de busca, a profissão vem ganhando cada vez mais espaço nas instituições públicas e privadas de ensino, além de órgãos de pesquisa.
De acordo com Neto Lopes, esse número ainda tímido, mas mesmo assim satisfatório. Ele destaca como fator decisivo para o mercado de trabalho dos bibliotecários a Lei Federal 12.244/2010, que obriga as instituições de ensino públicas e privadas a implantar bibliotecas coordenadas por profissionais bibliotecários até 2020.
Conselho Regional de Biblioteconomia e o Ministério Público estadual estão fiscalizando a devida efetivação da lei no RN.
“A gente vem trabalhando no sentido de garantir que até 2020 cada escola, seja ela pública ou privada, tenha uma biblioteca e pelo menos um profissional em atuação dentro da sua área”, almeja Lopes. “Desde a sua regulamentação em 1962, a biblioteconomia nunca esteve tão no centro das atenções das mudanças propostas para a educação no Brasil”, acrescenta Neto Lopes.
Por ainda não possuir sindicato, a categoria não tem piso salarial estabelecido. Na rede pública, o salário pode chegar até quatro salários mínimos. Na rede privada, o valor cai um pouco, ficando próximo dos três salários mínimos e meio.
