O Cinese, Grupo de Dança Contemporânea da EdUCA, promoverá, de 23 a 28/11, o evento “Poéticas da Dança: trânsito tecnológico e sonoro”, uma residência artística com vivências em dança, música e tecnologia desenvolvido pelo Cinese e a EdUCA, em parceria com o Espaço Movência.
O objetivo do evento é dialogar com as diversas linguagens artísticas, ampliando as relações de forma interdisciplinar do fazer arte e dança, criando movimento por meio das experiências e possibilitando momentos de comunicação e interação.
“A dança em sua poética é forma de expressão, força dos sentimentos, gesto do corpo, coreografia das palavras, balançar da natureza e ritmo das imagens. Pensar na energia da dança é olhar para o fluxo constante e efêmero do movimento. Perceber as composições e ramificações da dança nos despertou o desejo de criar um evento aberto para todos que queiram DANÇAR”, conta o prof. André Rosa, um dos idealizadores do evento.
O evento é gratuito e será virtual, com transmissão pelo Google Meet e Instagram. Para se inscrever, basta preencher o formulário disponível no link AQUI
Para a professora Tatiana Moritz, coordenadora artística do Cinese, esse evento prova a força e a resiliência do grupo que mesmo diante do cenário da pandemia, não parou as atividades e, em um esforço coletivo, conseguiu organizar um evento singular, projetando internacionalmente o nome do Cinese, da EdUCA e da UERN. “Este evento é inovador e possibilita troca de experiências, de saberes, de técnicas, e de vivências, bem como propicia o fortalecimento de parcerias importantes. Para além da dança, somos também referência de conhecimento e aprendizagem”, garante Moritz.
PROGRAMAÇÃO:
OFICINA: O DIÁLOGO ENTRE A CORPORALIDADE, E OS EVENTOS SONOROS
DATA: 23/11, 25/11 e 27/11
Horário: 10h às 12h.
Ministrantes: Romina Luz Garay e Maru López Romero (Estudantes de licenciatura em Artes Combinadas da Faculdade de Letras, Design e Ciências da Cultura, da Universidade Nacional do Nordeste (FADyCC – UNNE).
Resumo: Nesta oficina serão compartilhadas experiências, criando um diálogo entre sons, corporeidades e objetos, entendidos como potentes geradores de espaços acústicos. Por meio da linguagem de improvisação, com a utilização de objetos precários, sons digitais, intervenções de silêncios, repetições e “jogos tempo sonoros”. Vamos estabelecer uma comunicação entre a presença do corpo, a execução de movimentos, e o uso das ferramentas digitais. Esta prática vem sendo desenvolvida com a Banda Nemocine integrada por Maru Lopez Romero, Julian Scofano y Romina Luz Garay na Argentina.
OFICINA: VIDEODANÇA LIVE, COREOGRAFANDO PARA A REDE SOCIAL INSTAGRAM.
DATA: 23/11, 24/11 e 27/11
Horário: 15h às 17h
Ministrantes: Sarah Ferreira (UDESC- Universidade do Estado de Santa Catarina – CEART Centro de Artes – Florianópolis- SC, criadora e coordenadora do @videodancapesquisa)
Resumo: Esta oficina, propõe experienciar conexões por meio dos processos de filmagem e dança em diálogo com Instagram, fazendo dos espaços da mídia, nosso lugar de arte e movimento. Os conteúdos abordados, serão: introdução a videodança e os processos de experimentação com exercícios práticos para criação de pequenos vídeos e exibição nas redes sociais.
LIVE: ESCRITAS E MEMÓRIAS SOBRE OS GRUPOS DE DANÇA NO RIO GRANDE DO NORTE COM O PROF. MARCÍLIO VIEIRA (UFRN)
Data: 25/11/2020
Horário: 20h
Essa Live será exibida pelo Instagram do grupo Cinese.
Pauta: Olhar para as escritas da dança é encontrar fragmentos da metamorfose do gesto no tempo, é fazer da história nossa poética, alimentando nossa alma e criando reflexos através do movimento. Nesta conversa com o Professor Dr. Marcílio Vieira, vamos conhecer um pouco sobre sua escrita e o livro “Persona de dança: Edson Claro”, e sua atual pesquisa “Corpo Arquivo” que visa reunir fragmento e memórias dos grupos de dança do Rio Grande do Norte.
ESPETÁCULO VIDEODANÇA PIXEL (CINESE) – Encerramento do evento
Data:27/11 e 28/11
Horário:20h
Exibição pelo canal do Youtube UERN – Natal
Resumo: A videodança PIXEL, é um obra de comunicação direta com com o cenário atual da pandemia, trazendo em seu movimento os discursos sobre o corpo em diálogo com as tecnologias digitais. De uma forma poética, apresenta em suas imagens, formas coreográficas no espaço do vídeo e da casa, construindo uma relação direta entre dança e as mídias digitais. Esta conexão se dá por meio das inquietações dos intérpretes, questionamentos, memórias, saudades e histórias que se tornaram gestos em pixels, que, no processo de edição, é transformado em um coletivo possível de dançar e abraçar em conjunto, mesmo estando distante. Esta videodança é um convite para continuar a fluir formas de composição em dança nos possíveis espaços, seja na casa, cadeira, escada, câmera, celular, o corpo deve ser conexão e expressão ao habitar esses espaços. A dança não pode parar, independente do espaço, ela é a resiliência do corpo.
