Campanha visa arrecadar doações para povos indígenas venezuelanos que vivem em Mossoró

O Programa de Educação Tutorial de Ciências Sociais (PETCIS) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) lançou a campanha “PET Solidário: Warao em Mossoró” para arrecadar doações para aproximadamente 50 indígenas venezuelanos, da etnia warao, que estão vivendo na segunda maior cidade potiguar desde o ano passado.

Além de dinheiro, estão sendo arrecadados alimentos (leite Nan confort 1, macaxeira, frango e peixe), fraldas para bebê (preferencialmente tamanhos P e M), redes e medicamentos (dipirona, paracetamol e xarope pra tosse).

As doações podem ser feitas na sede da Associação dos Docentes da Uern (ADUERN), na Avenida Professor Antônio Campos, bairro Costa e Silva, de segunda a quinta, de 8h às 11h30, e também no CREAS do Abolição 4 (Rua Príncipe da Beira, 1089, próximo à Escola Estadual Professor Hermógenes Nogueira da Costa), pela manhã.

A campanha é realizada em parceria com o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB) e o Grupo de Estudos Culturais (GRUESC) e com apoio do Departamento de Ciências Sociais e Políticas (DCSP) e da Faculdade de Filosofia e Ciências Sociais (FAFIC).

Mais informações podem ser obtidas através dos telefones (84) 99915-6102 e 99958-6322.

DADOS BANCÁRIOS

Conta: 63650302-0

Agência: 0001

Titular: Maria Laís Azevedo Silva

Banco: Nubank

Povos têm se deslocado dos seus territórios tradicionais para o Brasil desde 2014

Os primeiros registros dos integrantes da etnia warao, segundo maior grupo indígena da Venezuela, ocorreram em Roraima, estado brasileiro que faz fronteira com o país vizinho, há cerca de seis anos, principalmente pelo agravamento da crise econômica e de alimentos que atinge o país.

A intensificação da crise política e social venezuelana, com grandes impactos econômicos negativos, aumentou o fluxo de migração para o Brasil dos warao, que são tradicionalmente conhecidos por terem grande mobilidade.

As famílias que estão em Mossoró passaram antes por João Pessoa (PB) e Recife (PE) e foram acolhidas por instituições filantrópicas da cidade, que os abrigaram em casas e escolas cedidas nos bairros Barrocas e Ouro Negro, além de estarem sendo assistidas pelo Centro de Referência Especializado da Assistência Social, da Prefeitura de Mossoró.