A aluna do curso de Geografia, do Campus Central, Hadassa Maíra de Medeiros da Silva, defende monografia onde elaborou um aplicativo de uma bussóla sonora para alunos cegos. Hadassa tem orientação do Professor Otoniel Fernandes da Silva Júnior, do Departamento de Geografia – FAFIC. O intuito do aplicativo é facilitar o acesso da comunidade cega a metodologias alternativas para um melhor aproveitamento dos conteúdos referentes à cartografia.
Este trabalho tem como tema Inclusão e Geografia: propostas metodológicas para o processo de alfabetização cartográfica de alunos cegos, onde o objetivo é oferecer metodologias alternativas para um melhor aproveitamento dos conteúdos referentes à cartografia para a comunidade cega. Assim o uso de materiais táteis é indispensável, pois é através do tato que o aluno cego consegue assimilar a maioria de suas informações. Por isso a criação do voice bússola.
A escolha deste tema veio da necessidade de avaliar o quanto é importante o conhecimento cartográfico para alunos cegos, e como se trabalhar a cartografia com eles, devido à falta de materiais táteis disponíveis para auxiliar o professor em sala de aula, e assim facilitar o processo de ensino aprendizagem. Dessa forma, a cartografia tátil se apresenta como sendo uma nova forma da cartografia tradicional, que possibilita ao aluno com ausência da visão obter conhecimentos cartográficos de maneira satisfatória, uma vez que adapta os materiais gráficos ao tato.
Considerou-se em todo o andamento da pesquisa a inclusão desses alunos, trabalhando a cartografia tátil como uma ferramenta a essa inclusão, ao conhecimento tátil de todos os elementos que compõe os mapas, assim as atividades propostas foram aplicadas tanto com aluno visual, como com aluno cego, com a finalidade de perceber se esses materiais seriam possíveis de serem usados em sala de aula pelo professor, sem que fosse dirigido apenas aos alunos visuais, mas também ao aluno cego.
A metodologia se deu a partir da aplicação de questionários, e elaboração e aplicação de materiais didáticos e tecnológicos de modo a facilitar o processo de ensino aprendizagem de alunos cegos. O trabalho também tem a parceria com o departamento de Ciências da Computação da Uern, através do discente e o cientista da computação Mizael Clistion de Souza Elias. A proposta de aplicação foi testada pela aluna Mirian Gurgel discente do curso de Geografia, e posteriormente aplicado ao aluno da Educação Básica que tem necessidades especiais.