Na tarde desta segunda-feira, 30, foi inaugurado o Ambulatório Trans e Travesti no Hospital da Mulher Parteira Maria Correia, administrado pela Secretaria de Saúde Pública (Sesap) e com gestão acadêmica da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern). A Unidade é voltada ao atendimento especializado à população trans e travesti de mais de 60 município da região.
O ambulatório segue a linha de cuidado que já é adotada pelo Ambulatório LGBTQIA+, da Faculdade de Enfermagem (Faen/Uern). A equipe multidisciplinar que atua no Ambulatório LGBTQIA+ também atenderá no Hospital da Mulher.
O espaço oferece atendimento de medicina da família, com os profissionais das residências multiprofisisonais da Uern, além de ginecologia, urologia, endocrinologia, psiquiatria, dentre outras especialidades que são necessidades desse público.
Conforme a diretora de gestão acadêmica hospitalar da Uern, Hosana Mirelle, a estimativa é que com a abertura das demais etapas do Hospital da Mulher, o ambulatório passe a oferecer o pré e pós-operatório e as cirurgias do processo transexualizador, com a mastectomia e histerectomia, além da hormonização e dispensação de medicamentos.
O acesso aos serviços ofertados pelo Ambulatório Trans e Travesti é regulado através das Unidades Básicas de Saúde (UBS) dos municípios abrangidos pelo Hospital da Mulher, e do ambulatório LGBTQIA+, da Faen. “Também estamos de portas abertas para a demanda do dia, fazendo o acolhimento de pessoas transexuais e travestis, e dependendo do caso, encaminhando para a demanda específica”, explica.
Para a reitora Cicília Maia, o ambulatório representa mais um importante espaço que fortalece a parceria entre a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap) e a Uern. “É uma satisfação muito grande inaugurar esse espaço, que é de suma relevância para a população trans e travestis. Quero parabenizar toda a equipe envolvida no trabalho para que o ambulatório pudesse acontecer”, declara.
O representante do movimento organizado de pessoas trans e travestis no RN, Bren Sousa, destaca que é uma alegria muito grande participar deste momento, de representa um avanço no atendimento de pessoas trans e travestis. Tony Gabriel, que foi o primeiro a ser atendido no ambulatório, frisa que a unidade é de suam importância para este público.
“Temos muitas dificuldades em encontrar serviços especializados nas unidades de saúde pública, e também nem sempre encontramos profissionais com empatia para atender as nossas demandas. Por isso, essa unidade é muito importante. A nossa população é minoria, e requer mais atenção na garantia do direito de acesso à saúde de qualidade”, declara Tony Gabriel.
O coordenador do Ambulatório TT, Matheus Madson, enfatiza que o ambulatória assegura a população transexuais e travestis um atendimento humanizado e adequado às suas demandas. Já coordenadora de Diversidade Sexual e Gênero da SEMJIDH e mulher trans, Janaína Lima, ressalta que o ambulatório representa uma garantia do acesso à população trans e travestis aos serviços de saúde.