Estender a universidade para além dos seus muros, interagir com a sociedade e trocar conhecimentos. A extensão, que forma com o ensino e a pesquisa a tríade universitária, vem ganhando destaque na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) nos últimos anos. São diversas ações realizadas a partir de uma política de valorização e qualificação da atividade extensionista, envolvendo professores, alunos, técnicos administrativos e cidadãos, de modo interdisciplinar e interinstitucional.
Fundamentada nos princípios nacionais da política de extensão expressa pelo Fórum de Pró-Reitores de Extensão das Universidades Públicas Brasileiras (Forproex, 2013), a Uern tem investido na consolidação de uma política de valorização e qualificação da atividade extensionista.
Norteiam essa política os princípios da interdisciplinaridade, dialogicidade, indissociabilidade entre as atividades-meio da formação (ensino, pesquisa, extensão), visando ao impacto na formação docente e na transformação social.
Todos os investimentos na regulamentação e o incentivo à Extensão Universitária resultaram em aumento significativo no número de ações institucionalizadas propostas pelos departamentos nos seis campi da instituição.
Em 2014 havia 52 projetos de extensão, edital com carga horária docente na Uern. Crescendo a cada ano, o número chegou a 225 projetos em execução neste ano. As ações voluntárias, sem contar carga horária, chegaram a 12 em 2020. A pandemia do novo coronavírus (Covid-19) limitou a realização de muitas outras ações.
A participação de docentes, alunos e técnicos administrativos cresce a cada ano. Em 2004 eram 178 professores, 321 estudantes e 37 técnicos envolvidos nos projetos de extensão. Neste ano, são 634 professores, 1438 discentes e 112 técnicos participando.
O público atendido nas diversas atividades saltou de uma média de 7.200 em 2014 para mais de 172 mil no ano passado.
O número de bolsas do Programa Institucional de Bolsas de Extensão (PIBEX) saiu de 16 em 2015 para 100 em 2020.
“Todas as ações de extensão, toda a evolução dos projetos, das ações, das bolsas e de cada edital, a gente busca convergir pra criar um ambiente cada vez mais animador pra que a creditação da extensão, ou seja, a curricularização da extensão, aconteça na plenitude, coisa que já vem se desenvolvendo há muito tempo”, avaliou o professor Dr. Emanoel Márcio Nunes, titular da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX).
Destaques
Das ações promovidas diretamente pela Proex, destaca-se o Festival de Teatro da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FESTUERN), o Viva Rio Branco, a Feira das Profissões, o Congresso Uern e o Uern Ação.
Parceria com a Fundação José Augusto para utilização do Teatro Lauro Monte Filho, projeto Circuito de Artes, exposições na Pinacoteca José Gurgel, Colóquio e Salão de Extensão, entre outras, estão no calendário da Proex.
Uern intensifica trabalho de austeridade e eficiência no uso dos recursos públicos
A Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) tem investido em um planejamento que vise ampliar as ações, incluir pessoas e ser socialmente referenciada com o máximo de eficiência e expressão da expectativa de construção de um projeto democrático de sociedade.
O princípio da eficiência é observado de maneira otimizada por conta da observância dos preceitos contidos na legislação estadual e federal.
De 2014 a 2017, a Uern enfrentou dificuldades orçamentárias e financeiras para cumprir as necessidades básicas de seu funcionamento. De 2017 a 2021, o cenário de diálogo e tratativa junto ao Governo do Estado ampliou as possibilidades de gestão orçamentária, sendo aberto
o processo de discussão e tramitação da autonomia financeira.
A partir de 2014, a gestão tem intensificado o trabalho de austeridade e eficiência no uso de recursos públicos. Isso vem sendo alinhado por uma articulação no sentido de maior disponibilidade financeira, o que fica claro com o valor de despesas executadas em média crescente, a exceção de 2020, quando as finanças do Rio Grande do Norte foram atingidas pela calamidade financeira em razão da pandemia.
As despesas com pessoal teve ligeiro aumento de 2014 para 2017, saindo de R$ 231,77 milhões para R$ 246,71 milhões. No entanto, a partir de 2018 os números caem significativamente, somando naquele ano R$ 176,06 milhões. Em 2019 subiu para R$ 180,35 milhões e, em 2020, baixou para R$ 177,14 milhões.
Desde 2015, a gestão esforçou-se para reduzir o valor de diárias pagas com recursos do tesouro estadual, mantendo o valor bem abaixo da média histórica. Desde então, em todos os anos as diárias são custeadas por recursos captados.
O custeio das despesas com passagens e locomoção tem sido feito por meio dos recursos captados, aliviando o tesouro estadual. Em 2019, 92% desta despesa foi feita com recurso captado. Em 2020, 100% foram custeadas por recursos captados. A média do período de 2012 a 2020 é de 77% desse tipo de recurso.
De 2014 até 2020, o dispêndio do tesouro estadual com o capital/investimento da Fundação Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (FUERN) não chegou a R$ 1 milhão por ano. O valor acumulado foi de R$ 1,97 milhão, média de R$ 280 mil anuais. Em contraponto, a Fuern captou e executou, no período de 2014 a 2020, R$ 15,4 milhões, média de R$ 2,18 milhões por ano.