Representantes dos cursos da área da saúde da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) reuniram-se nesta segunda-feira (20) com a vice-reitora Fátima Raquel Morais e os pró-reitores de Ensino de Graduação, de Gestão de Pessoas, de Administração e de Assuntos Estudantis para discutir as condições para o retorno das atividades acadêmicas e de estágios em suas unidades.
A Universidade está trabalhando a proposta de iniciar o semestre regular 2020.1 através de ensino remoto, a partir do mês de agosto. A expectativa é de que as propostas de calendário sejam pautadas no Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) da UERN na próxima semana. Para isso, a Comissão Especial de Consulta, composta para orientar a Instituição na retomada das atividades acadêmicas, está elaborando um documento com as normas e condutas necessárias para essa garantir a segurança da comunidade acadêmica na retomada das atividades, seja o retorno remoto ou híbrido, entre remoto e presencial.
Diante deste cenário, os representantes dos cursos apresentaram as dificuldades e preocupações em relação ao retorno das atividades de estágio, que são desenvolvidos nas unidades de saúde, com grande risco de contaminação pelo Covid-19. A aquisição dos Equipamentos de Proteção Individual, os EPIs, foram apontados como um dos principais entraves para o retorno. Durante a reunião, o pró-reitor adjunto de administração, Jandeson Dantas, explicou a mobilização que tem sido feita desde o início da pandemia para a aquisição dos equipamentos, o que não tem sido fácil devido à escassez dos produtos no mercado.
“É importante manter esse diálogo, vendo as possibilidades de adequações e estudando nesse momento talvez só o retorno remoto, mas já prevendo, já deslumbrando o ensino híbrido ou o presencial. De fato são muitas questões que a gente precisa considerar”, afirmou a professora Rosângela Diniz, coordenadora do curso de enfermagem do Campus Caicó.
Além da dificuldade para a aquisição de EPIs, outro problema apresentado para o retorno dos estágios dos estudantes dos cursos de enfermagem, odontologia e medicina, é a cláusula do contrato do seguro de vida contratado pela UERN não cobrir pandemias. Segundo o pró-reitor de assuntos estudantis, Erison Torres, a Universidade está em negociação com a seguradora para incluir este tipo de cobertura no contrato.
De acordo com o pró-reitor de ensino de graduação, Wendson Dantas, sanadas essas e outras questões gerais inerentes à prática dos estágios por parte da administração universitária, caberá aos departamentos acadêmicos a decisão final de retorno dos estágios. “São muitas especificidades. O gente sabe é que a gente sabe é que é um momento excepcional, e que a gente vai ter que encarar esses desafios. Se o Departamento entender que não vai ofertar o estágio, não será ofertado. Se houver a oferta, mas caso seja necessário, em um momento posterior, suspender para garantir a segurança dos estudantes, será suspenso”, explicou Wendson.
A vice-reitora Fátima Raquel fez uma reflexão sobre a necessidade da soma de esforços e co-responsabilização entre todos os setores da Universidade para este momento de retomada. “Agora o momento de estarmos cada vez mais unido. Esse diálogo precisa ser contínuo, junto tentarmos apontar as soluções para a gente resolver essa problemática, que não é pequena, mas pensando coletivamente, buscando estratégias, nós vamos conseguir encontrar o caminho para a nossa segurança futura”, afirmou a vice-reitora.
Participaram da reunião dos cursos de Enfermagem (Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros), Medicina (Mossoró) e Odontologia (Caicó).