Por meio do projeto de extensão “Resgatando a cultura negra através da Capoeira Angola: do jogo da roda ao jogo da vida”, a Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) vem mobilizando e conscientizando jovens da comunidade de Caicó e estudantes universitários sobre a importância da Capoeira Angola como expressão da cultura popular.
A primeira etapa do projeto será concluída nesta terça-feira (11), com a confecção do berimbau. Renovado por mais um ano, o projeto é vinculado ao Departamento de Filosofia, da UERN Caicó e é realizado em parceria com a Casa de Cultura Popular de Caicó.
O Prof. Dr. Marcos Érico, que coordena o projeto, explica que são 12 jovens participando das atividades. “No dia 7 de fevereiro, na Casa de Cultura, ministrei uma oficina de confecção de berimbau. Trouxe algumas madeiras de Ibiriba e cabaças, de João Pessoa/PB. Os alunos aprenderam a preparar a madeira transformando na ‘verga’ para o berimbau. Amanhã teremos outra aula para retirar o arame, o aço de pneu de carro e aprender a trabalhar na cabaça”, explicou Marcos Érico, conhecido entre os capoeiristas como professor Carcará.
Os encontros ocorrem sempre às terças e quintas-feiras, das 15h às 16h30, no Campus de Caicó, e na sexta-feira, na Casa de Cultura, no mesmo horário.
Marcos Érico ressalta que além de luta, jogo, ritmo, movimento, coordenação motora, flexibilidade e acrobacias, a capoeira também promove a interação social, uma vez que só se pratica em grupo. “A Capoeira Angola também tem uma dimensão do aprendizado dos instrumentos e confecção dos mesmos”, complementou Érico.
O professor Marcos informa que esta é a primeira turma de Capoeira Angola, da linhagem dos angoleiros na cidade de Caicó. No dia 12 de março, o grupo Capoeira Angola Berimbau Viola (CABV), coordenado pelo professor Marcos Érico e com supervisão do Mestre Chico do Conde-PB, estará fazendo um ano de existência na cidade de Caicó. Esse grupo já soma 24 anos na cidade de Conde/PB.