Alunos da UERN desenvolvem projetos na Campus Party

Mesmo diante de uma programação ininterrupta de oficinas, palestras e compartilhamento constante de experiências, o cansaço não venceu os alunos da UERN que desde terça-feira (10) estão na Campus Party Natal. Durante o dia, a noite e até a madrugada, os estudantes têm se dedicado tanto a aprender quanto a produzir conteúdos e conceitos ligados à inovação tecnológica.

Entre as atividades que mais têm demandado atenção e esforço dos participantes, estão os hackathons – maratonas de programação durante as quais equipes se propõem a resolver desafios ligados a temas específicos.

Um dos temas propostos nesta edição da Campus Party, a criação de soluções tecnológicas na área da Educação, tem duas equipes formadas por estudantes da UERN competindo com participantes de vários outros estados e instituições.

“A ideia é produzir um material que seja útil, que traga soluções. No nosso caso, o desafio é tentar desenvolver um aplicativo e um site interligados, que possam ser usados por professores, alunos, coordenação das escolas, Secretaria de Educação, envolvendo essa estrutura de uma forma que traga benefícios a toda a comunidade”, relata o estudante de Ciência da Computação da UERN Philipe Cavalcanti, que faz parte de um dos times competidores.

Outro tema do hackathon sobre o qual os alunos têm se debruçado nesta semana é a análise de dados com inteligência artificial para promover celeridade na tomada de decisões por parte da Justiça.

Conforme um dos participantes do desafio, o estudante Eddie Carlos, também do curso de Ciência da Computação da UERN, a ideia é que o projeto desenvolvido por sua equipe possa ser desenvolvido e utilizado pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte e mesmo por outras cortes que queiram dar mais velocidade à análise de processos.

Segundo o diretor do Departamento de Inovação e Empreendedorismo da UERN, o professor Frank Felisardo, uma das principais características da Campus Party é permitir aos participantes atrelarem o conhecimento adquirido no mundo acadêmico à busca pela solução de questões práticas do dia a dia, o que enriquece o aprendizado.

“É uma forma de os alunos pensarem diferente, enxergar a realidade com outros olhos e entender melhor alguns cenários”, frisa.

Outra atividade a que os discentes tem mais se dedicado é a participação em oficinas que possibilitem a criação de produtos ligados a programação e robótica. “Tem sido bem cansativo, mas também bem enriquecedor”, comenta a estudante de Ciência da Computação Thalia Gurgel, que participa da montagem de um robô junto com colegas de curso.

 

Montado a partir de equipamentos disponibilizados na própria oficina, como sensores e LED, além de materiais que a própria equipe teve de buscar, o robô será apresentado neste sábado (14) e irá competir com criações de outras equipes.

Apesar da predominância de assuntos ligados à robótica, as atividades do evento estão sendo aproveitadas por participantes de todas as áreas. Para a estudante de Pedagogia do Campus Central Maria Eduarda Bezerra, os temas relacionados à tecnologia da informação estiveram longe de ser um obstáculo. Ao contrário, foram um verdadeiro incentivo para buscar, dentro do ensino, soluções para os mais diversos desafios.

“É disso que a educação precisa, fazer uso da tecnologia para se diferenciar, se tornar mais atrativa. Nesses dias de evento, eu pude ver que mesmo sem ter conhecimento técnico, da área de exatas, eu posso adaptar esses conteúdos para a sala de aula e agregar muito valor aos alunos. Foi muito valioso pra nossa formação”, relatou.

Palestras

Além das oficinas e disputas, esta sexta-feira contou com diversas palestras na Campus Party, das quais a principal atração foi a apresentação da astrônoma Rosaly Lopes, que apresentou dados da Missão Cassini, realizada pela NASA, através da qual foram explorados o planeta Saturno e suas luas.

Outro ponto alto desta sexta-feira foi a palestra do garoto João Paulo Barrera, de oito anos. Embaixador da NASA Science Days Brasil, João Paulo falou sobre a importância de seguir os próprios sonhos, independentemente da idade.