Na manhã desta terça-feira (21), foi realizada a Benção dos Orixás durante o Cortejo ao Baobá no Campus Central da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN). Durante o Cortejo, foi fixada a placa de identificação do baobá plantado na Universidade durante o I Encontro de Negras, Negros e Cotistas da UERN, ocorrido em 25 de maio de 2016, que reuniu mais de cem alunos.
O evento é uma organização da Pró-Reitoria de Extensão (PROEX), da Pró-Reitoria de Pesquisa e Pós-Graduação (PROPEG) e do Diretório Central dos Estudantes (DCE).
Pai Francisco, ubandista, realizou a benção dos orixás ao início do semestre letivo da UERN. Ele destacou o valor desse ato e como esse evento vai ficar marcado na história.
O professor Etevaldo Almeida, pró-reitor da PROEX, destacou que a plantação do baobá é a consolidação de uma agenda étnico-racial no âmbito da Universidade, frisou também a articulação com o Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB), do Departamento de Ciências Sociais.
Já o professor Aldo Gondim, vice-reitor da UERN, falou dos avanços que vêm ocorrendo na Universidade em relação à preservação da diversidade.
A coordenadora de negros, negras e cotistas do DCE/UERN, a estudante Glisiany Plúvia de Oliveira, ressaltou a importância de eventos como esses para a construção da identidade negra dentro da Universidade. “O país negou a nossa história, não podemos deixar que a Universidade faça o mesmo.”, frisou.
O baobá é uma árvore sagrada para os africanos, está presente em rituais de sabedoria, e tem ligados a si conceitos como prosperidade, crescimentos e abundância. O baobá também se apresenta como símbolo de resistência contra o preconceito racial e religioso. Por ser uma árvore milenar será um lembrete dessa luta para as futuras gerações.
À noite, serão realizadas diversas atividades da cultura afro-descendente, como samba de roda, maculelê e capoeira. A concentração será no Centro de Vivências, às 20h.