A Professora Ana Lúcia Oliveira Aguiar, da Faculdade de Educação (FE) e do Programa de Pós-Graduação (POSEDUC) da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN), concluiu seu Estágio Pós-Doutoral realizado no período de janeiro a dezembro de 2016, no Programa de Pós-Graduação em Educação, da Universidade Federal do Ceará (PPGE/UFC).
O Projeto de Pesquisa “A aprendizagem da convivência pacífica na Perspectiva Inclusiva: (Auto) Biografia como uma prática reflexiva de formação no Ensino Superior” teve como objetivo estudar a (re) significação da formação docente na perspectiva inclusiva, através da (Auto) Biografia de professores, como uma prática reflexiva para uma convivência pacífica no Ensino Superior.
Ela apresentou uma pesquisa sobre a gestão da política de inclusão para discentes com deficiências da UERN, no período compreendido entre 2013-2017, no âmbito do Plano Estratégico de Ações da Diretoria de Políticas e Ações Inclusivas, (DAIN/UERN), tendo analisado a aprendizagem da convivência pacífica na perspectiva do aprender a conhecer, aprender a conviver, aprender a ser, aprender a fazer para a acessibilidade e quebra de barreiras atitudinais entre os sujeitos acadêmicos em todas as dimensões da relação de aprendizagem na universidade.
Segundo Ana Lúcia, pelo caminho das narrativas (Auto) Biográficas encontra-se um exercício de uma prática reflexiva para a (re) significação da formação docente, pois permite o exercício do conhecer-se e vivenciar a abertura para a alteridade. “No processo de pesquisa identificamos como professores (re) significam sua Formação Docente na Perspectiva Inclusiva através da (Auto) Biografia de professores como uma prática reflexiva para uma convivência pacífica no Ensino Superior. Percorremos um caminho a partir das narrativas (Auto) Biográficas de um grupo de professores da UERN.”
A pesquisa – Na primeira etapa do estudo foi proposto um mapeamento bibliográfico sobre formação docente no Brasil, um percurso diante das bases da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva, em particular no Ensino Superior, no âmbito da Legislação brasileira e da literatura, para refletir as representações de professores da educação superior, na cidade de Mossoró. Foi feita uma revisão dos Marcos Políticos Legais na Perspectiva da Inclusão no âmbito da história da formação docente diante do que orienta os dispositivos legais, com o objetivo de trazer o caminho e as orientações da referida Política de Inclusão e como o professor da educação superior tem enfrentado, na prática, os desafios impostos por uma formação.
Também foram realizadas leituras e estudos nos marcos legais: Constituição Federal Brasileira de 1988, Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, aprovado pela ONU em 2006 do qual o Brasil é Estado Parte Signatário, o Plano Nacional da Educação (PNE) para a década de 2014-2024, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), Lei Nº 13.146 de 2015 e o Plano de Desenvolvimento Institucional da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte.
“Realizamos uma pesquisa sobre a gestão da política de inclusão para discentes com deficiência da UERN uma vez que refletimos a aprendizagem da convivência pacífica na perspectiva do aprender a conhecer, aprender a conviver, aprender a ser, aprender a aprender para a quebra de barreiras atitudinais entre os sujeitos acadêmicos em todas as dimensões da relação de aprendizagem na universidade”.
O estudo também discutiu a importância do encontro com sujeitos, da e para a inclusão, através do exercício da reflexão sobre a inclusão de alunos com deficiência. Foi possível marcar as barreiras que a formação inicial imprime aos educadores, alertando, porém, para as superações a partir de uma revisão de si e do outro através da prática da escuta, das narrativas das histórias de vida e das narrativas (auto) biográficas, permitindo um exercício da memória e a dimensão da alteridade.
“A aproximação, e escuta, na busca dos nossos discentes, sua vida cotidiana, e as narrativas de aprendizagem (auto) biográficas do cotidiano de professores desse estudo apontaram avanços nas relações de aprendizagem, nas práticas pedagógicas e, sobretudo, nas experiências exitosas, do ponto de vista do progresso no que diz respeito à quebra de barreiras física, barreiras de circulação, arquitetônicas e, com relevância, as barreiras atitudinais, pela via dos caminhos da convivência pacífica, engajada e inserção socialmente”, concluiu a professora.