Estudantes do Ensino Médio, universitários, doutores e pesquisadores de indústrias locais reunidos no mesmo local. Em comum, o espírito empreendedor e a criatividade. A I Mostra de Inovação da UERN, inserida na programação da III Semana de Ciência, Tecnologia e Inovação, foi realizada na quarta-feira (21).
Participaram treze expositores, dentre os quais quatro professores da UERN com registro de patentes. O chefe do departamento de Inovação e Empreendedorismo, prof. Lima Jr. explica que a intenção é expandir a Mostra para a próxima edição, em 2016. “Tivemos projetos premiados nacionalmente, de professores do Ensino Médio com seus alunos, com destaque para dois projetos da Escola Estadual Aída Ramalho e um projeto da Escola Estadual Tristão de Barros, de Currais Novos. Esses projetos mostram que, se você trabalha ciência de base, tem criatividade e vontade, você consegue fazer inovação até com sucata”, afirmou Lima Jr.
Um dos projetos da Escola Estadual Aída Ramalho ganhou projeção nacional e foi apresentado até em Londres. As estudantes Bárbara Amorim, Ana Leonísia e Luana Carla apresentaram na UERN o projeto que transforma o papel kraft, de sacos de cimento, em tijolos ecológicos. “A gente se sente muito incentivada a estudar cada vez mais, para num futuro próximo estar aqui como universitárias”, afirmou a estudante Ana Leonísia. O outro projeto da Escola Aída Ramalho desenvolveu uma rede social educacional chamada The Book.
O professor Lima Jr. destaca a presença de representantes da Indústria local na Mostra. O engenheiro José Nilo, da Engepetrol, trouxe exemplos de inovação criadas em sua empresa.
Outro projeto que chamou atenção foi o do professor Ivanês Oliveira Alexandrino, de Currais Novos, que desenvolveu o projeto “Laborasucamecatron”, que utiliza sucata, conhecimentos em mecânica e eletrônica para desenvolvimento de ferramentas que facilitam a inclusão de pessoas com deficiências.
O professor Dr. Carlos Henrique Catunda Pinto apresentou o projeto do copo biodegradável e comestível produzido com algas marinhas, de autoria de sua esposa, Ana Clea, doutoranda da UFRN. Também é do professor Catunda o projeto do copo biodegradável produzido com o bagaço do caju. “Também registramos outras duas patentes, um dos projetos é de impermeabilização de superfícies, o outro é um amostrador passivo de poluentes atmosféricos”, explicou o professor Catunda.
SERPRO – Visitando a feira, um dos assessores do Serviço Federal de Processamento de Dados (SERPRO), Paulo Mendonça Júnior, falou sobre a proposta de parceria com a UERN, voltada à Tecnologia da Informação. “Essa é a segunda aproximação com a UERN. A Serpro está vindo ratificar a proposta de aproximação com a Universidade. Pretendemos apresentar ferramentas de software livre que podem ser utilizadas pela Universidade, principalmente na área de Comunicação”, afirmou Paulo Mendonça.
Empreendedorismo e Inovação – O Departamento de Inovação e Empreendedorismo da UERN trabalha também em outra linha de atuação: revelar talentos. O objetivo é identificar na comunidade alunos com perfil empreendedor e com conhecimento acadêmico para elaborar negócios. A UERN oferece apoio e estrutura física para essas empresas funcionarem de forma incubada.
